Lee Jae-myung, da oposição, é eleito presidente da Coreia do Sul após meses de caos na lei marcial

Lee Jae-myung, de 61 anos e ex-operário de fábrica, foi eleito presidente da Coreia do Sul em 3 de outubro, após o rival Kim Moon-soo reconhecer a derrota.

Com 90% dos votos apurados, Lee, do Partido Democrático, obteve 48,4% dos votos, enquanto Kim, do Partido do Poder do Povo, conseguiu 46,2%.

Em seu discurso, Lee comprometeu-se a restaurar a economia e promover a paz na Península Coreana. “Agradeço a grande decisão do público. Farei o possível para não decepcionar as expectativas”, declarou.

A participação eleitoral foi de 79,4%, a maior em 28 anos, com um aumento de 2,3 pontos percentuais em relação a 2022.

A eleição se deu em meio a uma crise política que começou em dezembro do ano passado, quando o ex-presidente Yoon Suk-yeol tentou instaurar um autogolpe, levando ao processo de impeachment. O resultado eleitoral é visto como o desfecho desse impasse.

O resultado oficial da eleição será divulgado na madrugada de quarta-feira (hora local). O novo presidente visitará o Cemitério Nacional e fará seu discurso de posse na Assembleia Nacional.

Em relações internacionais, Lee prometeu pragmatismo com a China, mantendo a aliança com os Estados Unidos. Ele aguarda negociações com o Japão antes de dialogar com o presidente Donald Trump, que impôs tarifas sobre produtos sul-coreanos, impactando a economia local.

A OCDE reduziu a projeção de crescimento do país para 1% este ano. Park Chan-dae destacou que a situação econômica foi decisiva para a vitória de Lee, evidenciando o desejo por recuperação após os desafios do governo Yoon.