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LDO de 2026 é pouco realista e indica contas públicas estranguladas, dizem analistas

Analistas apontam que o PLDO de 2026 apresenta premissas otimistas e depende de medidas ainda não anunciadas para alcançar a meta fiscal. A falta de realismo nas projeções pode paralisar a máquina pública após o atual mandato.

Analistas de Orçamento analisam com ceticismo as diretrizes para as contas públicas de 2026, apresentadas pelo governo, apontando projeções pouco realistas para a meta fiscal.

O Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) prevê um superávit primário de R$38,2 bilhões, acima da meta de R$34,3 bilhões. No entanto, isso depende de um ganho de R$118 bilhões em medidas arrecadatórias ainda não apresentadas e da dedução de R$55 bilhões em gastos com precatórios.

A economista-chefe do Inter, Rafaela Vitoria, destaca que as premissas de arrecadação são otimistas em um cenário de desaceleração. Ela menciona a dificuldade de aprovar ajustes fiscais com as eleições de 2026 se aproximando.

O chefe do Centro de Estudos Tributários da Receita, Claudemir Malaquias, afirmou que as medidas arrecadatórias serão divulgadas até agosto. Ele sugere que as iniciativas visam melhorar o ambiente de negócios e facilitar a recuperação de créditos tributários.

Outro economista, Felipe Salto, critica os números como irreais e sugere mudanças na meta. Jeferson Bittencourt observa que o esforço para os R$118 bilhões adicionais é considerável e que o governo depende da aprovação de medidas orçamentárias.

A situação fiscal é descrita como grave por Marcus Pestana, diretor-executivo da IFI. O atual governo é considerado no limite de sua capacidade de promover ajustes, exigindo reformas fiscais profundas para o próximo mandato.

O secretário de Orçamento Federal, Clayton Montes, admitiu que o governo precisará revisar gastos obrigatórios.

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