LCA, LCI, CRI e CRA: entenda o que são e para que servem
Governo busca aumentar a arrecadação com mudanças na tributação de títulos de crédito, o que pode encarecer suas emissões a partir de 2026. Expectativas de aprovação da nova medida geram antecipação de ofertas e reestruturação de operações no mercado financeiro.
Governo edita MP nº 1.303 para acabar com isenção de Imposto de Renda em títulos como LCIs, LCAs, CRIs e CRAs, visando aumentar a arrecadação.
A proposta ainda precisa de aprovação do Congresso, mas já provocou antecipação de ofertas desses papéis, que deverão ser mais caros a partir de 2026.
Com imposto sobre ganhos, emissores terão que aumentar a remuneração para atrair investidores. Emissões também serão mais longas.
Alíquota de 5% do IR aplicada a esses títulos é menor que a de 17,5% de outros investimentos, tornando-os ainda atrativos.
LCIs e LCAs são emitidas por bancos e utilizadas para financiar os setores imobiliário e agropecuário. Risco de crédito é do banco, protegido pelo FGC.
Já os CRIs e CRAs são emitidos por securitizadoras, com risco de crédito da empresa devedora.
Custos subirão com a MP, possivelmente refletindo na emissão atual. Porém, expectativa é de que ofertas continuem mesmo após 2026.
Agências de classificação de risco analisam a probabilidade de calote em certificados, ajudando investidores na escolha.
Desde 2024, apenas empresas com 70% de atividade no agronegócio ou imobiliário podem emitir esses títulos.
Especialistas afirmam que, apesar das dificuldades, as emissões estão sendo reestruturadas, mas não canceladas. Empresas buscam antecipar ofertas antes da nova tributação.