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Latam, Gol e, agora, Azul: entenda por que companhias aéreas pediram proteção na Justiça

Azul solicita recuperação judicial enquanto busca reestruturação de R$ 31 bilhões em dívidas. A companhia enfrenta desafios financeiros em um ambiente macroeconômico adverso, diferente das recuperações anteriores de Latam e Gol.

Azul Airlines recorre à Justiça para negociar dívidas acumuladas durante a pandemia, seguindo o mesmo caminho de Latam em 2020 e Gol em 2024.

A origem das dificuldades financeiras é o acúmulo de dívidas durante a covid-19, que se tornaram impagáveis.

A dívida total da Azul alcançou R$ 31 bilhões no primeiro trimestre de 2025, com um aumento de 50% em um ano.

O consultor André Castellini destaca que o tráfego de passageiros demorou mais de dois anos para se recuperar. Além disso, o governo brasileiro não ofereceu socorro financeiro às empresas aéreas.

Fatores como juros elevados, dólar valorizado e tarifas de importação nos EUA contribuíram para a recuperação judicial da Azul. A companhia tentou captar US$ 200 milhões no mercado, mas não obteve sucesso.

A Azul hesitou em pedir o Chapter 11, já que isso poderia diluir a participação dos acionistas. Em outubro, o CEO John Rodgerson afirmou que a empresa não estava enfrentando problemas que normalmente levam à recuperação judicial.

Entretanto, conforme as negociações com credores avançavam, a queda de qualidade nos serviços e o caixa se tornaram preocupantes.

As reclamações de passageiros, como a falta de entretenimento em voos internacionais, aumentaram.

Comparando as recuperações judiciais, a Azul inicia seu processo em um cenário mais difícil devido às condições do mercado internacional.

No entanto, analistas acreditam que a empresa teve mais tempo para se organizar, o que pode facilitar a conclusão do processo.

A Azul planeja emergir da recuperação judicial como uma companhia mais focada em rentabilidade, reduzindo a previsões de crescimento de 11,1% para 3,8% por ano entre 2025 e 2029.

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