Latam diz que queda de avião motivou fim de acordo com a Voepass e nega responsabilidade por crise

Latam encerra parceria com a Voepass devido a acidente com o voo 2283, ocorrido em 9 de agosto de 2024. A decisão segue acusações da Voepass, que culpou a Latam pela sua crise financeira.

A Latam repudia as afirmações da Voepass, que protocolou pedido de recuperação judicial com dívida de R$ 209,186 milhões, incluindo R$ 43 milhões em pendências trabalhistas.

Em março, a ANAC suspendeu as operações da Voepass até que a segurança fosse ajustada, após um acidente em agosto de 2023 que resultou em 62 mortes.

A Justiça acatou um pedido de reestruturação da Voepass, mas a suspensão de 60 dias para execução findou sem resultados, levando à recuperação judicial.

A Voepass acusa a Latam de ingerência excessiva e de não cumprir obrigações financeiras, resultando na suspensão de quatro aeronaves e perda de receita.

A partir de setembro de 2024, a Latam reteve R$ 35 milhões em reembolsos relativos a custos das aeronaves.

Em 2024, o CADE permitiu à Latam emitir debêntures conversíveis na Voepass, integrando mais de R$ 120 milhões. O contrato de CPA previa receita de R$ 6,5 bilhões para a Voepass.

A troca de slots entre as aéreas visava otimizar horários, mas a Latam não especificou detalhes sobre cancelamentos contratuais.