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‘Kit Brasil’ está de volta ao jogo com guerra comercial

Apesar da alta da Selic, investidores no Brasil veem retorno positivo em ações e renda fixa. O movimento de descompressão nas taxas de juros e a valorização do real refletem um cenário otimista para o mercado.

Investidores de ativos de maior risco no Brasil têm motivos para comemorar em 2023, apesar da Selic alta. A descompressão das taxas de juros e o impacto da guerra comercial influenciaram positivamente o mercado.

Até 29 de abril, o Ibovespa subia 3,7% no mês e 12,3% em 2023. As small caps avançavam 8,3% e 18,0% respectivamente. Setores imobiliário e de consumo lideravam com altos de 10,0% e 12,4%, enquanto o S&P 500 nos EUA caía 0,9% no mês.

No mercado de renda fixa, o IRF-M teve o melhor desempenho, com ganhos de 2,7% no mês e 7,5% no ano. O IMA-B 5 subiu 1,7% e 4,9% na mesma base.

O real valorizou, com o dólar cedendo 1,3% no mês. O ouro subiu 4,6% no mês e 15,9% no ano, destacando-se como um ativo de segurança em tempos de crise.

Sigrid Guimarães, da Alocc Gestão de Patrimônio, observou que o mercado brasileiro está favorável apesar da volatilidade externa. A valorização das ações trouxe o múltiplo P/L para 9 vezes, indicando boas oportunidades.

Fabio Zaclis, da Daycoval Asset Management, apontou que o Brasil se beneficiou da movimentação de recursos do exterior devido aos múltiplos descontados. A percepção sobre o Banco Central, sob nova liderança, melhorou, contribuindo para o alívio nos preços.

Bruno Funchal, da Bradesco Asset Management, expressou otimismo cauteloso com o ciclo monetário, enquanto Caio Fasanella, da Nomad, enfatizou a importância da diversificação internacional. A volatilidade e a incerteza setorial permanecem, mas o cenário de alta inflação influi nas decisões de investimentos.

Com o ciclo de juros em alta e desconhecidas mudanças fiscais, a ênfase recai sobre o foco em renda fixa e identificação de ativos valiosos, esperando que o mercado se recupere progressivamente.

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