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‘Kit Brasil’ está de volta ao jogo com guerra comercial

Ativos de maior risco no Brasil registram ganhos significativos em abril, impulsionados pela descompressão das taxas de juros e pela valorização do real. O mercado acionário nacional se destaca em meio à incerteza gerada pela guerra comercial entre Estados Unidos e China.

Investidores brasileiros comemoram resultados positivos em ativos de risco, mesmo com a Selic alta.

O impacto das tarifas de Donald Trump gerou descompressão nas taxas de juros e valorização do Ibovespa, que subiu 3,7% em abril e 12,3% no ano até o dia 29. O índice de small caps teve alta de 8,3% (mês) e 18,0% (ano).

Índices setoriais, como imobiliário e de consumo, também se destacaram, com altas de 10,0% e 12,4% no mês. Em contraste, o S&P 500 perdeu 0,9% no mês e 5,5% no ano.

No cenário da renda fixa, o IRF-M avançou 2,7% no mês e 7,5% no ano. O real se valorizou com o dólar cedendo 1,3% (mês) e 8,9% (ano).

A gestão ativa, segundo Sigrid Guimarães, trouxe retornos entre 10% a 13% (real). O múltiplo P/L agora está em 9 vezes, indicando novas valorizações possíveis.

Fabio Zaclis, da Daycoval, destaca que o Brasil se beneficia do fluxo de capital deslocado dos EUA, embora o foco esteja em múltiplos ainda descontados. A avaliação sobre a Selic e comunicação do Banco Central é fundamental para entender o cenário atual.

A incerteza no mercado internacional, devido a Trump, acentua a volatilidade e dificulta decisões de investimento. Carlos André, da Anbima, alerta para a dificuldade de precificação de ativos.

Bruno Funchal, do Bradesco, mantém otimismo cauteloso no ciclo monetário, enquanto Caio Fasanella, da Nomad, vê necessidade de diversificação, apesar da volatilidade.

Por último, a bolsa brasileira precisa de gatilhos para consolidar valorizações, com o cenário fiscal ainda incerto e preocupações futuras em relação à inflação.

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