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Kids pretos analisariam minha suspeição em caso de “golpe”, diz Moraes

Ministro Alexandre de Moraes destaca a gravidade da tentativa de golpe e analisa pedidos de suspeição em relação ao seu papel no julgamento. A 1ª Turma do STF avalia a denúncia contra 12 integrantes do núcleo acusado, enquanto outros 21 já enfrentam ações penais.

Ministro do STF, Alexandre de Moraes, afirmou que, se a tentativa de golpe de Estado tivesse sido bem-sucedida, sua suspeição seria analisada pelos militares das Forças Especiais, conhecidos como kids pretos.

Durante seu voto a favor de iniciar uma ação penal contra o núcleo 3 por tentativa de golpe de Estado, Moraes comentou que "ninguém acreditaria que estaríamos aqui a julgar esses fatos".

Pedidos de suspeição foram feitos pelas defesas dos acusados, que alegavam que Moraes não poderia ser relator do caso por ser um dos alvos das ações denunciadas, incluindo monitoramento por kids pretos para "neutralizá-lo".

Moraes definiu o crime de golpe de Estado como tentativa de depor um governo legitimamente constituído, conforme art. 359-L do Código Penal. Flávio Dino, outro ministro, complementou que a definição penal foi aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada por Bolsonaro.

O ministro votou para aceitar a denúncia contra 10 dos 12 integrantes do núcleo 3, excluindo os militares Cleverson Magalhães e Nilton Diniz, por falta de elementos suficientes nas acusações.

A denúncia inclui crimes como organização criminosa armada e golpe de Estado, visando a tentativa de reforçar a permanência de Jair Bolsonaro no poder após as eleições de 2022.

A 1ª Turma do STF decidirá até quarta-feira (21.mai) se aceita a denúncia e torna os envolvidos réus. Uma condenação pode levar a restrições na carreira para os militares da ativa, podendo resultar na exclusão das Forças Armadas pelo STM.

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