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Kid preto diz em depoimento que Moraes era ‘um fator crítico’ no cenário do golpe

Tenente-coronel do Exército é interrogado sobre suposta participação em plano de golpe contra o STF. Ele nega acusações e afirma que ações foram apenas estudos de inteligência relacionados ao contexto eleitoral.

Tenente-coronel Hélio Ferreira Lima declarou que o ministro Alexandre de Moraes é um “fator crítico” nas crises institucionais, mas não o “centro de gravidade” dessas questões.

Ele é acusado pela Procuradoria-Geral da República de integrar o núcleo 3 da tentativa de golpe e de ser responsável pela Operação “Copa 2022”, que visava “neutralizar” Moraes.

No interrogatório, Hélio afirmou que Moraes era uma “peça fundamental” para um cenário de instabilidade política após as eleições de 2022, alegando ter desenvolvido um plano de inteligência sobre fraudes.

A Polícia Federal encontrou uma planilha chamada “Desenho Op Luneta”, detalhando um plano em cinco etapas para um golpe. A defesa de Hélio argumentou que o documento era um “estudo de cenário prospectivo”.

A primeira etapa do plano identificava fatores de instabilidade no Supremo Tribunal Federal e visava a “neutralização” desses elementos. A terceira etapa previu controle estatal sobre ameaças e atingimento do “Estado Final Desejado” pelos militares.

Hélio destacou que as forças especiais do Exército não teriam capacidade para uma ruptura institucional, subestimando até mesmo a reação de polícias estaduais.

Ele admitiu ter realizado estudos de inteligência sobre manifestantes bolsonaristas. Além disso, o tenente-coronel se reuniu com Mauro Cid e o general Walter Braga Netto para discutir ações que visavam Moraes, mas negou a intenção de tramar um golpe.

Quanto à acusação de monitorar o presidente Lula, Hélio também negou, dizendo que estava em Brasília por motivos pessoais.

A denúncia da PGR menciona tentativas de obter informações que pudessem desacreditar o processo eleitoral. Hélio confirmou ter enviado documento para Mauro Cid, afirmando que a possibilidade de fraude era considerada alta.

Antes de Hélio, o tenente-coronel Fabrício Moreira de Bastos foi ouvido, e negou envolvimento em ações golpistas, afirmando que os encontros com demais militares eram apenas sociais.

Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Nátaly Tenório

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