Justiça impede Trump de cancelar vistos de alunos estrangeiros
Decisão judicial protege estudantes estrangeiros de ações do governo Trump que ameaçavam revogar seus vistos. O juiz afirma que revogações foram arbitrárias e que a medida garante estabilidade a milhares de acadêmicos no país.
Decisão Judicial: Um juiz federal da Califórnia bloqueou o governo do presidente Donald Trump de encerrar o status migratório legal de estudantes estrangeiros.
A sentença, emitida na 5ª feira (22.mai.2025) pelo juiz Jeffrey White, impede o cancelamento de vistos de estudantes matriculados em instituições americanas.
O magistrado declarou que o governo federal “provavelmente excedeu sua autoridade” ao cancelar o status legal de estudantes registrados no ICE (Serviço de Imigração e Controle de Alfândega).
Implicações da Decisão: A ordem judicial também proíbe que o governo prenda ou transfira estudantes enquanto houver processos semelhantes em andamento.
Essa decisão é uma das mais abrangentes contra o governo Trump em relação às revogações de vistos a estudantes.
Regulamentações: A Lei de Imigração e Nacionalidade ainda permite a revogação dos vistos em situações específicas, como informações falsas ao DHS (Departamento de Segurança Interna) ou condenações por crimes violentos.
O juiz White ressaltou que a decisão proporciona “estabilidade e certeza” aos requerentes para continuarem seus estudos sem a ameaça de rescisão.
Contexto: A situação começou quando milhares de estudantes tiveram seus vistos no Sevis revogados. A Aila identificou que 4.700 estudantes internacionais tiveram registros cancelados desde 20 de janeiro.
Isso ocorreu em meio à pressão de Trump pela deportação de estudantes não cidadãos que participaram de protestos e atos considerados antissemitas.
No ano letivo 2023-2024, havia 1,1 milhão de estudantes internacionais nos EUA, segundo dados federais.
Resposta do Governo: Tricia McLaughlin, porta-voz do DHS, criticou a decisão, afirmando que “atrasam a justiça” e “buscam incapacitar” os poderes do presidente.
Ela declarou que é um privilégio para as universidades matricularem estudantes estrangeiros e expressou esperança em uma revisão favorável por um tribunal superior.