Justiça dos EUA condena a quase 3 anos de prisão ex-policial envolvido em caso de mulher negra morta em casa
Ex-policiais envolvidos na morte de Breonna Taylor enfrentam consequências legais em um caso que ressoou nas discussões sobre justiça racial nos EUA. A juíza criticou a influência política na sentença, que recebeu apelo por uma punição mais rígida.
Ex-policial Brett Hankison foi condenado a dois anos e nove meses de prisão por violar os direitos de Breonna Taylor, que foi morta em uma operação policial em 2020.
A sentença foi decretada após o Departamento de Justiça solicitar apenas um dia de prisão.
Breonna foi baleada em sua casa, onde policiais de Louisville, Kentucky, entraram com um mandado "no knock". Seu namorado, acreditando que estavam sendo invadidos, disparou contra os agentes, que revidaram.
A morte dela, junto com o assassinato de George Floyd, provocou protestos por justiça racial nos EUA.
A juíza Rebecca Grady Jennings criticou a abordagem dos promotores e a influência política nas recomendações de pena. A legislação prevê de 33 a 41 meses de prisão para o crime.
A mãe de Breonna, Tamika Palmer, e outros familiares pediram a aplicação da pena máxima, expressando sua dor pela perda.
Durante a audiência, Hankison pediu desculpas à família e alegou que agiria de maneira diferente se soubesse das circunstâncias do mandado.
Um memorando do Departamento de Justiça minimizou seu papel na operação, mas não foi assinado por promotores de carreira, levantando questionamentos sobre a imparcialidade.
A recomendação foi vista como uma tentativa do governo Trump de diminuir a responsabilização policial. Advogados da família de Breonna criticaram a posição do Departamento de Justiça e pediram "justiça verdadeira".