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Justiça da Colômbia declara ex-presidente Álvaro Uribe culpado em caso de suborno

Álvaro Uribe enfrenta a possibilidade de 12 anos de prisão pela condenação, que ocorre em um contexto de intensa polarização política na Colômbia. O ex-presidente clama por inocência e alega que as acusações são resultado de uma perseguição política por parte da esquerda.

Álvaro Uribe, ex-presidente da Colômbia, foi declarado culpado de suborno de testemunhas em julgamento que começou em maio de 2024. Uribe nega as acusações de ter pressionado e subornado paramilitares.

O caso, politizado e com mais de 90 testemunhas, envolve declarações de Juan Guillermo Monsalve, um ex-paramilitar que ligou Uribe ao crime organizado nos anos 1990. A origem do processo remonta a 2012, quando Uribe processou o senador Iván Cepeda, mas a situação se reverteu e ele se tornou o alvo das investigações.

Uribe pode enfrentar até 12 anos de prisão. Recebeu uma ordem de prisão domiciliar em 2020, mas renunciou ao cargo de senador para transferir o caso para a Justiça comum, que suspendeu a ordem.

O ex-presidente, que afirma ser vítima de uma perseguição política, é líder do Centro Democrático e criticou o presidente Gustavo Petro, alegando que ele tenta influenciar a Justiça e insinuando que Cepeda pode se candidatar à presidência.

Apesar de ainda ser popular, a imagem de Uribe foi abalada por processos judiciais e relatos de ex-paramilitares sobre seu envolvimento com massacres. Ele é uma figura polarizadora, admirada por sua luta contra a insurgência, mas criticada por supostos abusos de direitos humanos.

Uribe foi acusado de permitir a estadia de paramilitares em uma de suas fazendas. Monsalve alegou que o advogado de Uribe tentou suborná-lo gravando encontros.

Cerca de cem apoiadores assinaram uma carta em prol de Uribe, denunciando violação do devido processo legal. O presidente Petro comentou que "a Colômbia não se deixa chantagear", em resposta a congressistas que comparam o caso a situações políticas semelhantes nos EUA.

A senadora María Fernanda Cabal classificou a decisão como injusta, e a congressista americana María Elvira Salazar chamou a condenação de um ultraje à justiça na Colômbia.

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