Justiça condena ex-presidente do Banco Máxima por gestão fraudulenta
Ex-presidente do Banco Máxima é condenado por gestão fraudulenta que resultou em perdas financeiras significativas. Justiça determina pena substitutiva e multa, enquanto outros ex-dirigentes são absolvidos das acusações.
Ex-presidente do Banco Máxima condenado: Saul Dutra Sabbá recebeu pena de três anos de reclusão em regime inicial aberto por gestão fraudulenta.
A sentença foi proferida pelo juiz Nilson Martins Lopes Júnior, da 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo. A condenação decorreu de:
- Acusações de geração de ganhos fictícios entre 2014 e 2016.
- Simulação de valorização de investimentos para minimizar prejuízos.
- Adoção de manobras contábeis fraudulentas para ocultar insuficiência de capital.
A denúncia foi elaborada pelo Ministério Público Federal em 2021, embasada em investigações do Banco Central e da Polícia Federal.
A condenação refere-se a empréstimos irregulares que resultaram em "ganho fictício" para o banco, já que foram usados por terceiros para adquirir cotas de um fundo onde o Banco Máxima era o único cotista.
Apesar das manobras, o banco ainda registrou um prejuízo de mais de R$ 5 milhões no segundo semestre de 2014. O processo ainda pode ser recorrido.
O Banco Master, que é o novo nome do Banco Máxima, não se manifestou sobre o caso. Em 2018, houve troca de acionistas e a empresa passou por mudanças significativas.
Atualmente, o Banco Master está sob um protocolo de compra pelo Banco de Brasília, aguardando aprovações necessárias.
Outros ex-dirigentes, incluindo Alberto Maurício Caló, foram absolvidos, com o juiz apontando que ele não teve participação na administração dos negócios do banco.
Acusações sobre inserção de informações falsas em documentos ao Banco Central não resultaram em mais condenações, pois o juiz considerou que as ações não configuraram crime específico.