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Justiça condena ex-Petrobras a 29 anos por esquema da Lava Jato

Condenações são fruto da operação Lava Jato, que investiga esquemas de corrupção e lavagem de dinheiro na Petrobras. Juiz determina também o confisco de bens dos réus, incluindo obra de arte avaliada em milhões.

Juiz federal Guilherme Roman Borges, da 13ª Vara de Curitiba, condenou o ex-diretor da Petrobras, Renato Duque, e o empresário Luis Alfeu Alves de Mendonça por corrupção e lavagem de dinheiro.

A decisão, divulgada pela Folha de S.Paulo em 22 de abril de 2025, se baseia em denúncia do Ministério Público Federal de 2020, no contexto da Operação Lava Jato.

Entre 2011 e 2012, Mendonça pagou mais de R$ 5,6 milhões em propina a Duque para favorecer sua empresa, a Multitek Engenharia, em licitações com a Petrobras que superaram R$ 525 milhões.

A Lava Jato, iniciada em março de 2014, revelou um esquema amplo de corrupção envolvendo estatais e políticos. A acusação destaca a participação de Milton e José Adolfo Pascowitch como operadores financeiros.

A defesa de Mendonça alegou que a Multitek não se beneficiou dos contratos. A de Duque argumentou que as acusações se baseiam em depoimentos de colaboradores.

O juiz condenou Mendonça a 11 anos, 6 meses e 22 dias de reclusão e Duque a 29 anos e 2 meses, com multas adicionais.

Duque está preso desde agosto de 2024 por outras condenações. A sentença inclui o confisco de R$ 3,4 milhões em bens e da escultura Raízes, de Frans Krajcberg, que ficará no Museu Oscar Niemeyer até a decisão final do processo.

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