Juros: ‘Me filio ao grupo que defende manutenção da Selic pelo Copom’, diz Sidney, da Febraban
Isaac Sidney aponta sinais de inflexão da inflação, apesar de pressões em serviços e energia. A expectativa é de que o Copom mantenha a Selic em 14,75% na reunião da próxima semana.
Presidente da Febraban defende manutenção da Selic
Isaac Sidney, presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), sugere que o Copom mantenha a taxa Selic em 14,75% ao ano na próxima reunião.
Embora parte do mercado preveja alta dos juros, ele vê sinais de uma possível inflexão da inflação a partir dos dados do IPCA de maio, divulgados no dia 10.
Sidney destaca que o cenário apresenta argumentos para:
- Alta dos juros: inflação de serviços elevada e atividade econômica resiliente.
- Manutenção da Selic: sinais de inflexão do processo inflacionário.
Ele menciona que os dados do IPCA indicam uma possível desaceleração da inflação em 12 meses, atribuída à:
- Apreciação do câmbio.
- Queda dos preços das commodities.
- Melhora das condições de oferta de alimentos.
No entanto, a inflação em serviços se mantém pressionada e os preços de energia elétrica podem ter aumentos. Sidney observa que a energia elétrica foi o principal fator de alta da inflação de maio (+3,62%), e a situação deve se agravar com a bandeira vermelha em junho.