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Juros longos têm queda firme com apoio de leilão do Tesouro

Juros futuros recuam após leilão do Tesouro com baixa oferta de títulos prefixados. O cenário internacional e correções no mercado ajudam a estabilizar as taxas após altas recentes.

Juros futuros encerraram a quinta-feira (17) em queda, especialmente nos vértices de longo prazo da curva a termo.

A queda das taxas foi impulsionada por um ambiente externo mais ameno e uma oferta de apenas 6 milhões de títulos prefixados no leilão do Tesouro Nacional, que corrige parte da alta inicial da semana.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) de janeiro de 2026 permaneceu estável a 14,945%; enquanto o DI de janeiro de 2027 caiu de 14,37% para 14,345%. Os DIs de 2029 e 2031 também foram ajustados, fechando a 13,62% e 13,79% respectivamente.

Nos EUA, a taxa da T-note de dez anos foi de 4,463% para 4,457%, e a do T-bond de 30 anos cedeu de 5,016% a 5,010%.

A oferta reduzida de LTN e NTN-F foi um fator crucial para a queda dos juros, após pesquisa mostrando que o presidente Lula lidera nas intenções de voto, o que melhorou sua popularidade em meio a tensões comerciais com os EUA.

A XP comentou que a emissão de 5,27 milhões de papéis foi uma das menores do ano, permitindo aos agentes realizar lucros nas taxas.

Nos últimos dias, houve um movimento de liquidações de posições de investidores estrangeiros na renda fixa brasileira, mas isso não se repetiu no pregão de hoje. Um gestor anônimo afirmou que, com taxas elevadas, a curva poderia fechar sem necessidade de notícias negativas.

O banco Citi liquidou posições em NTN-F 2031 devido à tensão Brasil-EUA e reduziu sua exposição ao Brasil, mantendo, entretanto, títulos públicos offshore com vencimento em 2031.

Analistas destacam a politização das relações comerciais e seu impacto nas perspectivas eleitorais, complicando a possibilidade de um acordo bilateral entre Lula e Trump.

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