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Juros futuros têm queda firme com falas de Galípolo e alívio nos Treasuries

Mercado de juros futuros reflete incertezas após rebaixamento da nota de crédito dos EUA. Presidentes do Banco Central sinaliza manutenção de taxas elevadas, mas aposta em cortes futuros ganha força entre investidores.

Juros futuros fecharam em queda nesta segunda-feira (19), após pressão inicial devido ao rebaixamento da nota de crédito dos EUA.

O mercado encontrou equilíbrio e as taxas brasileiras recuaram ao longo do dia. O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, declarou que cortes de juros não estão próximos.

Taxas do DI para 2026 caíram de 14,75% para 14,72%. Para 2027, de 14,00% para 13,915%; e para 2029, de 13,595% para 13,465%. Para 2031, caiu de 13,755% para 13,69%.

A Moody's rebaixou a nota de crédito dos EUA de ‘Aaa’ para ‘Aa1’. Isso elevou os juros dos títulos americanos, com a T-bond de 30 anos superando 5% e a T-note de 10 anos chegando a 4,5%.

Entretanto, o mercado encontrou compradores a taxas elevadas e os juros começaram a cair. Ian Lyngen, da BMO Capital Markets, afirmou que o rebaixamento foi considerado um não evento pelo mercado.

O rendimento da T-note de 2 anos caiu de 4,014% para 3,979%. O de 10 anos recuou de 4,484% para 4,454%; e a T-bond de 30 anos de 4,954% para 4,905%.

Galípolo, em evento do Goldman Sachs, reiterou que os juros devem permanecer restritivos por um tempo prolongado. O mercado interpretou isso como um sinal de que a taxa de 14,75% é suficiente para controlar a inflação.

A chance de manutenção da Selic nos níveis atuais aumentou de 65% para 70%. A probabilidade de alta caiu de 35% para 23%.

O Bank of America destacou que o cenário externo está favorável e recomenda apostas na queda das taxas no Brasil. Eles ressaltam que a combinação de um dólar fraco, queda nos preços de energia, e estímulos da China poderá facilitar flexibilizações futuras.

Os riscos incluem pressões fiscais que podem afetar a inflação e as taxas.

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