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Juros futuros superam estresse após 'payroll' e fecham em queda

Os juros futuros no Brasil apresentaram queda marcada, reagindo a um ajuste após altas recentes. A expectativa por medidas fiscais do governo também influenciou a melhoria nas taxas durante o pregão.

Juros futuros fecharam em baixa nesta sexta-feira (6), revertendo o avanço anterior que seguia a alta das taxas dos Treasuries americanos, após o relatório de empregos dos EUA indicar um mercado de trabalho resiliente em maio.

O relatório "payroll" revelou a criação de 139 mil vagas, superando a expectativa de 125 mil, embora tenha ocorrido uma revisão em baixa dos empregos criados em abril.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2026 caiu de 14,91% para 14,905%; janeiro de 2027 de 14,365% para 14,29%; janeiro de 2029 de 13,795% para 13,71%; e janeiro de 2031 de 13,91% para 13,83%.

Em contrapartida, a taxa da T-note de dez anos saltou de 4,391% a 4,512%, e o rendimento do título de dois anos avançou de 3,928% para 4,045%.

Claudia Rodrigues, do C6 Bank, aponta que a força do mercado de trabalho sugere uma inflação pressionada nos EUA, reduzindo as chances de cortes de juros pelo Fed até sinais mais claros serem observados.

No Brasil, a correção após a alta nas taxas de juros futuros, e o posicionamento dos agentes aguardando medidas fiscais em meio a promessas de redução de despesas, guiou a melhora das taxas ao longo da tarde.

A expectativa de alta de 0,25 ponto percentual da Selic neste mês aumentou de 61% para 62,1%, enquanto a chance de manutenção ficou em 30%.

Tiago Sbardelotto, da XP, estima que o pacote fiscal pode impactar em R$ 38 bilhões em 2025 e R$ 66 bilhões em 2026, contendo possíveis medidas como revisão de gastos tributários e reforma administrativa.

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