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Juros futuros sobem com popularidade do governo, leilão do Tesouro e exterior

Expectativa de mudanças na política econômica impulsiona alta nos juros futuros. Cenário político, leilão do Tesouro e pressão externa também afetam taxas das NTN-B.

Juros futuros encerraram o pregão em forte alta, mesmo com o bom desempenho do real.

A alta concentra-se nos vértices de longo prazo da curva a termo, influenciada por diversos fatores:

  • A pesquisa da AtlasIntel mostrou melhora na avaliação do governo de Luiz Inácio Lula da Silva
  • Anúncio dos EUA de tarifa comercial de 50% ao Brasil
  • Percepção de perda de força da oposição

Esses fatores reduziram a chance de mudança na política econômica até 2027.

O leilão de 1,4 milhão de títulos atrelados ao IPCA surpreendeu após a baixa oferta de 600 mil títulos da semana passada.

Além disso, o mercado reagiu à alta das taxas dos Treasuries americanos:

  • T-note de 10 anos: subiu de 4,439% a 4,487%
  • T-bond de 30 anos: avançou de 4,981% para 5,021%

A pesquisa da AtlasIntel foi divulgada logo na abertura do pregão, mostrando aumento na aprovação do governo de 47,3% para 49,7% e queda da reprovação de 51,8% para 50,3%. Isso provocou a alta dos juros de longo prazo.

Embora a divulgação da inflação americana tenha trazido alívio momentâneo, a tendência de alta se consolidou.

A economista Claudia Rodrigues destaca a possível pressão nos preços devido à política tarifária dos EUA, prevendo impacto sobre a inflação nos próximos meses.

No Brasil, a oferta expressiva de NTN-B acentuou a alta das taxas no fim da manhã, após dúvidas geradas pela pequena emissão anterior.

Especulações sobre resultados positivos para o governo e divisões na oposição intensificaram a queda das taxas.

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, revelou interesse em se candidatar à presidência, enquanto Eduardo Bolsonaro critica colegas, mostrando menor consenso na oposição.

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