Juros futuros se firmam em baixa na reta final em dia de queda do dólar
Taxas dos DIs fecham em baixa com cautela do mercado diante da guerra comercial entre EUA e Brasil. Governo brasileiro considera medidas de suporte para setores afetados por possíveis tarifas de 50% anunciadas por Trump.
Taxas dos DIs em território negativo fecharam a segunda-feira em baixa, impulsionadas pela queda do dólar e dos rendimentos dos Treasuries, apesar da cautela em relação à guerra comercial EUA-Brasil.
A taxa do DI para janeiro de 2027 fechou em 14,32%, enquanto para janeiro de 2028 caiu para 13,66%.
As taxas longas também apresentaram quedas: janeiro de 2031 em 13,8% e janeiro de 2033 em 13,89%.
Fernando Haddad, ministro da Fazenda, destacou a insistência em negociações com os EUA, mas alertou sobre a possibilidade de tarifas brasileiras de até 50% a partir de 1º de agosto.
A dificuldade nas negociações está relacionada à exigência de Trump para encerrar o julgamento de Bolsonaro no STF. Recentemente, os EUA restringiram vistos para autoridades do Judiciário brasileiro.
Investidores permanecem atentos a possíveis novas ações dos EUA que possam impactar câmbio, inflação e juros. A expectativa sobre a taxa Selic ao final do mês está em 99% para manutenção em 15% ao ano.
O boletim Focus do Banco Central mostrou leve melhora nas projeções de inflação, com mediana de 5,10% para 2025 e 4,45% para 2026.
Por fim, os Treasuries apresentaram uma queda de 6 pontos-base, com rendimento de 4,372%.