Juros futuros recuam com otimismo sobre negociações entre Brasil e EUA
Queda nos juros futuros reflete otimismo sobre negociações comerciais entre Brasil e Estados Unidos. Expectativa em relação ao Copom também influencia as taxas, com mercado dividido entre cortes imediatos ou mais tardios da Selic.
Juros futuros fecham em forte queda nesta terça-feira (29), com foco em vencimentos intermediários e longos.
O desempenho foi influenciado pelo mercado de títulos do Tesouro dos EUA, que teve descompressão antes da decisão de juros do Federal Reserve (Fed).
O otimismo nas negociações comerciais entre Brasil e EUA também contribuiu para a redução do prêmio de risco. Autoridades de ambos os países mostraram abertura ao diálogo, embora a tarifa de 50% ainda esteja prevista para sexta-feira (1).
- Taxa do DI de janeiro de 2026: 14,925% para 14,91%
- DI de janeiro de 2027: 14,215% para 14,155%
- DI de janeiro de 2029: 13,53% para 13,38%
- DI de janeiro de 2031: 13,785% para 13,60%
Nos EUA, a T-note de dez anos caiu de 4,417% a 4,326%.
O relatório Jolts mostrou queda nas vagas de emprego, aumentando a confiança de cortes de juros pelo Fed em setembro.
No Brasil, o Copom deve manter um tom conservador, com discussões sobre um possível corte da Selic entre este ano e o início de 2025.
Embora Mariana Dreux, gestora da Itaú Asset Management, acredite que um corte não é justificado no atual cenário, ela não descartou mudanças devido à melhora na inflação.
Roberto Secemski, do Barclays, reforçou a necessidade de uma comunicação forte do BC para transmitir a melhora incipiente da inflação.
Sinalizações positivas das autoridades em relação à disputa comercial estimularam o otimismo no mercado e contribuíram para a queda das taxas de juros.