Juros futuros não sustentam queda após fala de Powell e fecham perto da estabilidade
Juros futuros fecham próximos da estabilidade após movimento influenciado por declarações de Jerome Powell. O mercado aguarda o leilão de títulos do Tesouro Nacional, amidando incertezas sobre a oferta.
Juros futuros encerraram o pregão desta quarta-feira (16) próximos dos ajustes, retomando o movimento da maior parte do dia.
Durante a tarde, o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, comentou sobre a guerra comercial, resultando em um recuo acentuado das taxas dos Treasuries americanos, influenciando também a curva a termo doméstica, embora de forma modesta.
Ao final da sessão:
- Taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2026: 14,73% para 14,74%
- DI de janeiro de 2027: recuou de 14,255% para 14,235%
- DI de janeiro de 2029: caiu de 14,14% para 14,125%
- DI de janeiro de 2031: oscilou de 14,40% para 14,38%
Nos EUA, os Treasuries tiveram quedas robustas, com a taxa da T-note de dez anos caindo de 4,339% para 4,282%.
Powell mencionou que as tarifas podem desviar o BC americano de metas de inflação e pleno emprego, mas o impacto inflacionário será “temporário”. Isso gerou queda adicional nos juros dos Treasuries, que se firmaram.
No entanto, a estabilidade retornou ao mercado local, sem novidades significativas sobre tarifas ou fatores locais.
O dólar enfraqueceu globalmente, influenciado pela proibição de venda de chips da Nvidia à China, refletindo mais um passo na escalada da guerra comercial.
Apesar da melhora no câmbio e Treasuries, a curva a termo doméstica não apresentou um movimento positivo, corrigindo o alívio recente.
Um operador mencionou que o movimento permanece como ajustes antes do leilão de amanhã.
Após a “decepção” com a oferta pequena de 800 mil NTN-B no leilão anterior, especulações aumentam sobre a postura do Tesouro Nacional nas ofertas, visando não adicionar volatilidade às taxas.
As discussões sobre o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2026 ganharam destaque, mas com ceticismo devido à meta de superávit primário e estimativa de arrecadação superestimada.