Juros futuros fecham perto da estabilidade; fiscal e IOF ampliam cautela do mercado
Volatilidade nos juros futuros é impulsionada por incertezas políticas e econômicas. A alta do IOF e as reavaliações do Relatório Bimestral geram cautela no mercado financeiro.
Juros futuros encerraram o pregão de quinta-feira (22) em níveis próximos dos ajustes do dia anterior.
O dia foi marcado por volatilidade, influenciada por notícias sobre a política econômica do governo. Apesar da queda dos Treasuries americanos, as taxas locais não recuaram. O Relatório Bimestral de Receitas e Despesas e as incertezas sobre o aumento do IOF geraram cautela.
No final do dia, as taxas do DI subiram:
- Janeiro/2026: 14,75% para 14,77%
- Janeiro/2027: 14,055% para 14,12%
- Janeiro/2029: 13,67% para 13,72%
- Janeiro/2031: 13,88% para 13,89%
A Câmara dos Representantes dos EUA aprovou um pacote de cortes de impostos, elevando os juros longos. No entanto, declarações do membro do Federal Reserve, Christopher Waller, sobre possíveis reduções nas taxas de juros no segundo semestre, trouxeram alívio ao mercado e ajudaram a reduzir os rendimentos locais.
O governo anunciou um contingenciamento de R$ 31 bilhões, superando as expectativas. Contudo, a elevação da alíquota do IOF deixou os investidores cautelosos, buscando proteção em outros ativos.
No final do dia, os juros futuros se recuperaram. O dólar encerrou com alta de 0,32%, enquanto o futuro subiu 1,71%, sendo negociado a R$ 5,7540.
Gustavo Pi Okuyama, gestor da Porto Asset, observou que a preocupação com o IOF superou as boas notícias do relatório. Ele acredita ser cedo para avaliar os impactos do aumento, mas considera a reação do mercado negativa.
A Porto Asset mantém uma visão aplicadora quanto à queda dos juros nominais de curto prazo, esperando que o ciclo de alta chegue ao fim.