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Juros futuros fecham perto da estabilidade com IOF e leilão do Tesouro no foco

Juros futuros encerram dia com leves oscilações enquanto mercado aguarda decisões do Copom. Incertezas sobre o aumento do IOF e leilão de títulos do Tesouro influenciam o cenário financeiro.

Alterações nos juros futuros foram observadas, quase revertendo a alta do início da tarde, fechando próximo aos ajustes da véspera. O mercado está atento às incertezas sobre um possível aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que a Câmara pode derrubar.

O presidente da Câmara, Hugo Motta, pautará a urgência do projeto de decreto legislativo que susta o aumento do tributo. Além disso, um leilão de títulos prefixados do Tesouro Nacional impactou os juros na sessão.

Taxas do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) apresentaram as seguintes mudanças:

  • DI janeiro 2026: de 14,88% para 14,845%;
  • DI janeiro 2027: de 14,21% para 14,185%;
  • DI janeiro 2029: de 13,545% para 13,535%;
  • DI janeiro 2031: de 13,67% para 13,69%.

No mercado dos Treasuries dos EUA, a taxa da T-note de dez anos caiu para 4,363%, após dados abaixo do esperado do índice de preços ao produtor.

Os juros futuros foram pressionados pela possibilidade de suspensão do aumento do IOF pelo Congresso, que pode afetar a política monetária do Banco Central. A expectativa é de uma nova alta na taxa Selic de 0,25 ponto percentual, levando-a a 15%.

O mercado de opções digitais de Copom mostrou pouca variação, com a probabilidade de elevação de juros caindo de 64% para 60%. Já a manutenção da Selic em 14,75% aumentou para 40%.

O Morgan Stanley prevê uma Selic parada, mas não descarta novos aumentos, preferindo posições em vértices longos das curvas de juros. A estrategista-chefe, Ioana Zamfir, destacou que uma alta poderia achatar a curva a termo, mas sem grande impacto.

Zamfir listou seis pontos-chave a serem observados no próximo comunicado do Copom:

  • Sinalizações dos próximos passos;
  • Projeções de inflação;
  • Cenário alternativo da política monetária;
  • Resiliência da atividade econômica;
  • Impactos de tensões comerciais;
  • Ajustes no balanço de riscos da inflação.
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