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Juros futuros fecham em queda firme com Treasuries e leilão do Tesouro no radar

Juros futuros apresentam queda acentuada após leilão de títulos do Tesouro, com operadores reagindo ao estresse anterior no mercado. Movimentação segue tendência positiva dos Treasuries americanos e busca por novas oportunidades entre investidores.

Os juros futuros encerraram o pregão desta terça-feira (22) em queda, principalmente nos vencimentos de longo prazo. Isso se deve à correção do estresse na curva a termo após os EUA anunciarem tarifa de 50% contra o Brasil.

O movimento positivo nos títulos do Tesouro americano e a menor oferta de NTN-B contribuíram para a distensão das taxas. As taxas do DI apresentaram as seguintes quedas:

  • DI janeiro 2026: de 14,955% para 14,945%
  • DI janeiro 2027: de 14,31% para 14,25%
  • DI janeiro 2029: de 13,575% para 13,47%
  • DI janeiro 2031: de 13,79% para 13,68%

Nos EUA, os Treasuries também mostraram quedas significativas:

  • T-note 10 anos: de 4,384% para 4,350%
  • T-bond 30 anos: de 4,947% para 4,919%

A oferta de 450 mil NTN-B foi a menor do ano, surpreendendo os operadores, que esperavam uma redução, mas não nesse nível. Apenas 76,7% do total foi alocado.

A curva de juros nominais teve um movimento intenso na última hora do pregão, com taxas próximas das mínimas intradiárias. Operadores indicaram um caráter técnico nas oscilações, com alguns vendo uma janela atrativa para se posicionar em juros futuros.

Guilherme Baran, gestor de renda fixa, destacou que as projeções de Selic permanecem em 12,50%, mas o FRA subiu para cerca de 13,00%, indicando um prêmio de cerca de 50 pontos-base. Ele sugeriu que fatores técnicos influenciaram essa dinâmica.

Após o estresse da semana passada, os níveis de juros estão mais altos, com um prêmio de risco que pode ser visto como um ponto de entrada interessante para investidores.

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