Juros futuros fecham em queda firme com exterior e IPCA-15 abaixo do consenso
Juros futuros caem em meio a dados de inflação abaixo do esperado e cenário externo favorável. Especialistas projetam manutenção da Selic, enquanto mercado avalia possibilidade de cortes a longo prazo.
Juros futuros encerram em queda nesta terça-feira (27), influenciados por um cenário externo menos negativo e uma surpresa de baixa no IPCA-15.
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) variou:
- Janeiro 2026: 14,72% para 14,685%
- Janeiro 2027: 13,955% para 13,85%
- Janeiro 2029: 13,58% para 13,37%
- Janeiro 2031: 13,80% para 13,60%
O IPCA-15 de maio apresentou números abaixo do esperado, com resultados positivos nos serviços subjacentes e núcleos de inflação. Economistas do Citi, Leonardo Porto e Paulo Lopes, afirmam que esses resultados reforçam a projeção de manutenção da Selic em 14,75% na próxima reunião.
Marcelo Ferman, da Parcitas, sugere que não há motivos imediatos para cortes relevantes na taxa de juros, dado o forte desempenho da atividade econômica e a expectativa de estímulos à demanda.
Entretanto, Ferman alerta que, se a baixa inflação se tornar tendência, o cenário precisará ser revisado. Ele destaca que a Parcitas se beneficiou do fechamento das taxas de juros, investindo em empresas de utilities e juros reais.
No mercado de opções digitais de Copom, a probabilidade de manutenção da Selic em 14,75% subiu para 83%, enquanto a chance de alta de 0,25 ponto caiu para 14%.
O alívio das taxas de juros se estendeu para prazos mais longos, impulsionado por uma queda global nas taxas de juros, incluindo uma forte queda dos juros japoneses.