Juros futuros de curto prazo sobem e longos caem antes de feriado prolongado
Taxas de juros mostram comportamento misto após leilão de títulos do Tesouro Nacional, com alta nas taxas curtas e queda nas longas. Cenário global incerto e previsão de cortes na Selic impactam a cautela dos investidores.
Juros futuros tiveram comportamento misto na quinta-feira (17), com taxas curtas em alta e longas em queda.
Em um cenário global conturbado devido à guerra comercial e véspera de feriado no Brasil, agentes mostraram cautela. O leilão de títulos prefixados do Tesouro Nacional apresentou boa demanda, impactando a curva de juros.
No fechamento:
- Contratos DI de 14,73% para 14,775%
- DI para janeiro de 2027 subiu de 14,20% para 14,235%
- DI para janeiro de 2029 caiu de 14,115% para 14,06%
- DI para janeiro de 2031 recuou de 14,385% para 14,30%
O leilão teve a venda total de R$ 17,9 bilhões em 20 milhões de Letras do Tesouro Nacional (LTN) e 5 milhões de Notas do Tesouro Nacional - Série F (NTN-F). A demanda superou as expectativas, sendo o maior leilão de prefixados desde março.
O dólar também perdeu força, caindo 0,51% para R$ 5,8341, influenciando a queda dos juros.
O Bradesco prevê a possibilidade de cortes na Selic já em dezembro, com a taxa projetada para terminar o ano em 14,25%, e 11,75% em 2024. A desaceleração do PIB foi revisada para 1,8% este ano.
O economista-chefe do Bradesco, Fernando Honorato, destacou a possibilidade de interrupção do ciclo de alta da Selic na próxima reunião, mas previstas incertezas sobre o cenário global podem levar a continuidade do aperto monetário.