Juros futuros caem com recuperação de ativos locais, de olho em guerra tarifária
Os juros futuros caem com a recuperação dos ativos no Brasil, mesmo diante da pressão das taxas dos Treasuries americanos. A alta nas tarifas de importação chinesas aumenta a incerteza sobre a confiança do mercado nos EUA.
Juros futuros caem no início da sessão desta sexta-feira, indicando recuperação dos ativos domésticos.
O dólar apresenta queda significativa no mercado à vista, enquanto o índice futuro do Ibovespa sobe.
A tendência contrasta com as taxas dos Treasuries americanos, que aumentam, sugerindo um impacto da guerra comercial entre os EUA e a China na confiança do mercado.
Hoje, a China elevou sua tarifa de importação sobre produtos americanos de 84% para 125%, após os EUA anunciarem uma taxa de 145%% sobre bens chineses.
Por volta das 9h25, as taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) apresentavam as seguintes quedas:
- Janeiro de 2026: de 14,785% para 14,78%
- Janeiro de 2027: de 14,50% para 14,49%
- Janeiro de 2029: de 14,44% para 14,375%
- Janeiro de 2031: de 14,74% para 14,65%
O recuo é mais acentuado nas taxas de longo prazo, influenciado pelo resultado do IPCA de março, que teve alta de 0,56% em relação a fevereiro, perto das expectativas do mercado.
Os núcleos de inflação e serviços subjacentes superaram expectativas, reforçando a percepção de uma inflação ruim no Brasil para o primeiro trimestre de 2025.
Nos EUA, as taxas dos Treasuries mostram pressão após início de dia calmo, com o rendimento da T-note de dez anos subindo de 4,436% para 4,442% e o T-bond de 30 anos avançando de 4,864% para 4,884%.