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Juros do consignado privado sobem e concessões caem em junho, mostra BC

Taxa média de juros do consignado privado alcança 56,3% ao ano, enquanto a concessão de novos empréstimos para trabalhadores CLT apresenta queda de 16,2% em junho. O governo busca medidas para reduzir os custos do crédito e aumentar a competitividade no setor.

Taxa do consignado privado sobe em junho e novas concessões de empréstimos para trabalhadores CLT diminuem, segundo o Banco Central.

A taxa média do consignado privado em junho subiu para 56,3% ao ano, com alta de 0,7 ponto percentual. Apesar de ser inferior ao pico de 59,1% em abril, ainda é superior ao índice anterior à nova modalidade lançada pelo governo Lula, que era de aproximadamente 40%.

O presidente Lula expressou insatisfação com os juros elevados e solicitou um diagnóstico do Ministério da Fazenda para reduzir os custos do crédito.

Mesmo após a implementação da portabilidade interbancária, que permite a troca de instituições financeiras, os juros continuam altos. A partir de 6 de junho, as operações podem ser realizadas pela Carteira de Trabalho Digital.

A redução dos juros é esperada com a plena operação, no final de julho, do uso do FGTS como garantia, permitindo o uso de até 10% do saldo e 100% da multa rescisória em caso de demissão.

Dados de junho mostram uma queda de 16,2% nas novas concessões, com R$ 2,59 bilhões liberados, em comparação a R$ 3,09 bilhões em maio. Contudo, houve um aumento de 43,1% em 12 meses e de 104,3% no trimestre.

O saldo total do crédito consignado CLT cresceu para R$ 46,44 bilhões, alta de 2,6% mensal. Este é o maior volume histórico, com um aumento de 15,1% em um ano.

Segundo a pesquisa Datafolha, quase um terço dos brasileiros com carteira assinada ou aposentados têm empréstimos consignados, com maior incidência entre os menos escolarizados, os mais velhos e funcionários públicos.

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