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Juros altos por mais tempo: JGP vê Selic em 15% ao ano e corte só em abril de 2026

Banco Central deve encerrar ciclo de altas na Selic em junho, elevando a taxa para 15%. Expectativas de inflação ainda distantes da meta e atividade econômica robusta pressionam a decisão.

Banco Central deve realizar uma última alta da Selic em junho, aumentando 0,25 ponto percentual.

Segundo Fernando Rocha, economista-chefe da JGP Asset Management, as expectativas de inflação estão distantes da meta, e a atividade econômica permanece forte.

A Selic deve terminar o ciclo em 15%, e Rocha descreve essa elevação como uma “sintonia fina”. O economista comentou que a manutenção da vigilância e a menção à calibragem no comunicado do Copom sugerem a possibilidade de mais ajustes.

Recentemente, o BC elevou a Selic para 14,75%, e analistas estão divididos sobre futuras altas ou a conclusão do ciclo monetário.

Rocha projeta que os cortes nos juros começarão apenas em abril de 2026, muito depois do que o mercado espera. Em relação à inflação, ele destaca que a mediana do IPCA para o próximo ano é de 4,5%, bem acima da meta de 3,5%.

Ele acredita que as expectativas para 2027 devem começar a cair em direção ao patamar de 3%.

Rocha observa que o cenário do Copom sinaliza juros altos por um longo período. “É um sinal de ‘alto por mais tempo’”, afirma.

O próximo passo será cuidadoso, com o BC mantendo aberta a sinalização dos próximos movimentos, conforme a ata do Copom a ser divulgada. Rocha também nota que a redução das tarifas dos EUA para a China pode neutralizar alguns efeitos deflacionários, embora a incerteza permaneça.

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