Juros altos não freiam apetite por imóveis de luxo em São Paulo; entenda motivos
A pesquisa revela que 31% dos consumidores de alta renda em São Paulo planejam adquirir imóveis de luxo nos próximos 18 meses, mesmo com a Selic elevada. A busca por terrenos em áreas nobres é impulsionada pela expectativa de valorização e segurança financeira.
Intenção de compra por imóveis de luxo em alta
A pesquisa da High Imóveis Especiais e do Instituto Hibou revela que 31% dos consumidores de alta renda em São Paulo planejam comprar imóveis nos próximos 18 meses, sendo que metade fará a aquisição em até um ano.
Mesmo com a Selic em 14,75%, os rendimentos de aluguel e valorização dos imóveis podem ultrapassar esse percentual. Para 42% dos entrevistados, é importante manter patrimônio em ativos imobiliários pela segurança e retorno financeiro.
De acordo com Pedro Assunção, sócio da High Imóveis, o mercado imobiliário está em alta, e os bairros mais procurados incluem Jardins, Vila Nova Conceição, Pinheiros e Vila Olímpia.
Um estudo do FGV/Ibre aponta que, em 2024, o rendimento médio de imóveis para locação foi de 6,2% e o preço subiu 12,9%, resultando em um ganho total de 19,1% ao ano.
A pesquisa também mostrou que 53% dos consumidores de alta renda buscam imóveis com um corretor e que os principais motivos de compra são localização (79%) e tamanho (58%). Para 35%, o investimento e valorização são decisivos.
Um crescente número de compradores são casais sem filhos, representando 12% dos interessados. O CEO da Bioma, Marcelo Yazaki, afirma que imóveis em bairros nobres tendem a se valorizar, dado o espaço limitado. A valorização é impulsionada também pelo aumento nos custos de construção.
Fernando Guimarães, da FLG, menciona um aumento no interesse de compradores de outras regiões, como o Centro-Oeste, especialmente nos bairros Jardins, Itaim Bibi e Vila Olímpia. A comparação com os altos preços de hotéis, que chegam a R$ 1 mil por diária, também chama a atenção dos investidores de fora.