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Juro médio cobrado das famílias atinge 56,3% em fevereiro, maior nível desde agosto de 2023

Taxa média de juros para famílias atinge novo pico em fevereiro, impulsionada por aumentos significativos no cartão de crédito rotativo e crédito pessoal. O endividamento e o comprometimento de renda também apresentam crescimento, refletindo a pressão financeira sobre as famílias brasileiras.

A taxa média de juros para famílias subiu 2,4 pontos percentuais em fevereiro, chegando a 56,3% ao ano, o maior nível desde agosto de 2023 (56,5%).

Os dados foram divulgados pelo Banco Central (BC) em 9 de março. A taxa foi calculada com base em operações com recursos livres, onde as taxas são definidas entre bancos e clientes.

O aumento foi impulsionado por:

  • Cartão de crédito rotativo: aumento de 9,6 pontos percentuais.
  • Crédito pessoal não consignado: elevação de 6,1 pontos percentuais.

Segundo o BC, tanto as variações das taxas quanto a composição dos saldos influenciaram a alta dos juros.

Esse crescimento acompanha a fase de alta da Selic, fixada em 14,25% ao ano na última reunião do Copom.

Em contraste, a taxa média de juros para empresas recuou para 23,9% ao ano, uma queda de 0,2 ponto percentual.

No total, considerando famílias e empresas, a taxa média de juros subiu para 43,7% ao ano, um aumento de 1,5 ponto percentual, o maior patamar em quase dois anos.

Além disso, os dados mostram que, em janeiro, o endividamento das famílias alcançou 48,7%, com uma alta de 0,3 ponto percentual em comparação ao mês anterior.

O comprometimento de renda também cresceu, chegando a 27,3%, o nível mais alto desde julho de 2023, com um aumento de 0,3 ponto percentual no mês.

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