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Julius Baer tenta banir fantasmas para se tornar o 'gestor de patrimônio mais admirado do mundo'

Stefan Bollinger busca revitalizar o Julius Baer após uma série de escândalos, enquanto enfrenta resistência interna e desafios regulatórios. Sua abordagem inovadora visa transformar a cultura do banco, mas resultados decepcionantes têm levantado dúvidas sobre sua capacidade de liderança.

Stefan Bollinger inicia como CEO do Julius Baer Group Ltd. com um chamado à equipe para se manifestar; recebeu mais de 1.000 e-mails no primeiro dia.

Sua gestão surge em meio a um histórico de escândalos e uma investigação regulatória sobre perdas de US$ 700 milhões devido ao colapso do império imobiliário de Rene Benko.

Após cinco meses, sua reformulação foi considerada "decepcionante" por analistas, com resistência interna e má notícias do passado dificultando seus planos.

Bollinger, ex-Goldman Sachs, introduziu uma estrutura de coliderança e enfatiza a responsabilidade individual. O banco, no entanto, enfrenta questões profundas, incluindo uma investigação do Finma sobre gestão de riscos.

Desde 2015, o Julius Baer lidou com conflitos legais ligados a lavagem de dinheiro, incluindo escândalo da Fifa e problemas com a PDVSA.

A queda de 13% nas ações após a investigação da Signa reflete as preocupações dos investidores. Bollinger busca garantir que a investigação avance para recuperar a confiança dos acionistas.

Embora energize partes da equipe, sua abordagem gerou resistência. Algumas mudanças propostas, como a estrutura de remuneração, não avançaram. Os chefes regionais mostraram-se poderosos contra as reformas.

O apoio de Noel Quinn, novo presidente do conselho, é crucial. Quinn enfatizou a necessidade de mudança cultural na instituição.

Recentemente, o Julius Baer revelou novas penalidades financeiras, lembrando os desafios enfrentados. Apesar disso, a marca do banco ainda é valorizada pelos investidores.

Bollinger afirma que o banco possui "uma ótima marca, ótimas pessoas e ótimo modelo de negócios" e que está pronto para capturar oportunidades futuras.

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