Julgamento no STF que manteve prisão de Collor termina com votação apertada
STF mantém prisão de Collor em votação apertada e nega pedido de prisão domiciliar. O ex-presidente, condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, enfrenta rebuliços no cenário político brasileiro.
STF decide pela manutenção da prisão de Fernando Collor de Mello
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, em votação apertada de 6 a 4, manter a prisão de Fernando Collor de Mello sob a determinação do ministro Alexandre de Moraes, na última segunda-feira (28).
Os ministros que se opuseram à prisão foram: Gilmar Mendes, Luiz Fux, Kassio Nunes Marques e André Mendonça. Os que apoiaram o relator foram: Flávio Dino, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Cármen Lúcia e Dias Toffoli. Cristiano Zanin se declarou impedido.
Collor foi detido na madrugada de sexta-feira (25) em Maceió, Alagoas, enquanto tentava embarcar para Brasília. Ele foi condenado pelo STF em maio de 2023 a oito anos e dez meses de reclusão por crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no esquema da BR Distribuidora.
A defesa de Collor argumentou que a prisão não poderia ocorrer antes da conclusão do processo. Além disso, pleiteou a transferência para prisão domiciliar, citando sua idade de 75 anos e problemas de saúde, o que foi negado.
Collor é acusado de ter recebido R$ 20 milhões para influenciar contratos da estatal com a construtora UTC entre 2010 e 2014. Em novembro de 2024, um recurso da defesa foi rejeitado e novos embargos foram considerados protelatórios pelo ministro Moraes.
Durante audiência, Collor afirmou não ter doenças e não usar medicamentos contínuos. A situação do ex-presidente gera debates no cenário político brasileiro, refletindo a complexidade de casos de corrupção envolvendo figuras públicas. A decisão do STF marca um novo capítulo na trajetória judicial de Collor, ex-presidente do Brasil enfrentando sérias acusações.
Publicado por Felipe Dantas
Reportagem produzida com auxílio de IA