Julgamento do golpe: o que aconteceu até agora e o que ainda falta acontecer
Supremo Tribunal Federal inicia julgamento de núcleo acusado de tentar implementar golpe de Estado após as eleições de 2022. Se condenados, os réus enfrentarão processo criminal por suas supostas ações para manter Jair Bolsonaro no poder.
Supremo Tribunal Federal (STF) julgará, nesta terça e quarta-feira (22 e 23/4), se integrantes do segundo núcleo de investigados por tentativa de golpe de Estado se tornarão réus.
Os integrantes desse núcleo incluem:
- Filipe Martins (ex-assessor de Bolsonaro);
- Marcelo Câmara (ex-assessor de Bolsonaro);
- Silvinei Vasques (ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal);
- Mário Fernandes (general do Exército);
- Marília de Alencar (ex-subsecretária de Segurança do DF);
- Fernando de Sousa Oliveira (ex-secretário-adjunto de Segurança do DF).
A denúncia do Procurador-Geral da República (PGR), Paulo Gonet, acusa-os de organizar ações para garantir a permanência ilegítima de Jair Bolsonaro no poder após sua derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022.
Silvinei, Marília e Fernando teriam coordenado forças policiais para sustentar Bolsonaro, enquanto Mário e Marcelo atuaram no monitoramento de autoridades.
O julgamento será conduzido pela Primeira Turma do STF, com três sessões reservadas: 22/4 (manhã e tarde) e 23/4 (8h).
A PGR dividiu os 34 denunciados em cinco núcleos. O núcleo 1, já julgado, envolveu Bolsonaro e sete aliados. Os outros núcleos estão agendados para os próximos meses.
O núcleo crucial foi julgado em março, e o STF decidiu aceitar a denúncia contra Jair Bolsonaro e seus aliados, sendo todos eles unânimes na negação das acusações. O ex-presidente, atualmente em UTI, alega ser alvo de uma "perseguição político-judicial".