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Julgamento da Meta vai testar a resistência de Trump ao lobby

O caso da Meta representa um marco nas leis antitruste dos EUA, com possíveis consequências para o futuro das redes sociais. A decisão pode reverberar não apenas na estrutura do mercado digital, mas também na relação entre grandes empresas e o governo.

Julgamento da Meta por compra do Instagram e WhatsApp é um teste para o governo de Donald Trump.

A Meta adquiriu Instagram em 2012 e WhatsApp em 2014. Em 2020, a FTC acusou a Meta de minar a concorrência com essas aquisições.

Um e-mail de Zuckerberg menciona que o Instagram estava crescendo rapidamente, justificando o investimento de US$ 1 bilhão. O WhatsApp custou US$ 19 bilhões dois anos depois.

Se a acusação for comprovada, a Meta pode ser forçada a se desfazer de uma das redes, valendo atualmente US$ 1,4 trilhão.

Os advogados da FTC consideram o e-mail prova de que a Meta reconheceu o Instagram como ameaça. Contudo, a defesa de Zuckerberg argumenta que a acusação de monopólio é infundada, já que o mercado de redes sociais é voluntário e inclui rivais como YouTube, TikTok e iMessage.

Especialistas criticam a definição de mercado da FTC, argumentando que o ingresso do TikTok alterou a dinâmica das redes sociais, tornando o Facebook “coisa de velho”. Desde 2018, o TikTok é o aplicativo mais baixado nos EUA.

A Meta mantém um forte lobby em torno de Trump. Este ano, Zuckerberg já teve três reuniões com o presidente e fez uma doação de US$ 1 milhão para sua posse.

Após um encontro entre Zuckerberg e Trump, os líderes da FTC se reuniram com o presidente, buscando neutralizar o lobby da Meta e defendendo uma punição severa.

Críticos, como Mike Davis, atacam Zuckerberg por suas doações em 2020, alegando que favoreceram os democratas. Davis acredita que Trump não deveria ter encontrado Zuckerberg.

O julgamento da Meta, que deve se estender até o início de julho, promete ser intenso e controverso.

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