Juiz proíbe Trump de enviar tropas a Los Angeles e diz que Califórnia deve reassumir segurança
Decisão judicial questiona a legalidade da mobilização de tropas em resposta a protestos. O governador da Califórnia recupera controle sobre as forças de segurança, enquanto a disputa entre o estado e o governo federal se intensifica.
Juiz federal proíbe envio de tropas da Guarda Nacional para Los Angeles
Um juiz federal dos EUA, Charles Breyer, proibiu temporariamente, na noite de quinta-feira (12), o envio de tropas para Los Angeles, considerando a medida ilegal.
A mobilização havia sido ordenada pelo presidente Donald Trump para conter protestos contra sua política de migração, que se espalham por todo o país.
Breyer decidiu que o governador da Califórnia, Gavin Newsom, deve reassumir o controle das forças de segurança. A ordem judicial entra em vigor ao meio-dia desta sexta (13) no horário local.
Preocupado com a interpretação do governo de que protestos poderiam ser rebeliões, Breyer afirmou que o governo Trump já recorreu da decisão.
A disputa ocorre em um cenário de crescente tensão política sobre o uso de forças militares para controlar manifestações.
Após confrontos entre manifestantes e policiais, Trump havia mobilizado 4.700 militares para apoiar a polícia em Los Angeles, apesar da oposição de Newsom. As tropas foram enviadas para proteger prédios e auxiliar ações de imigração.
Trump justificou a intervenção, alegando que, sem ela, a cidade estaria em chamas, embora os protestos tenham sido majoritariamente pacíficos.
Mais cedo, o senador democrata Alex Padilla foi algemado por agentes de segurança durante uma coletiva com a secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, que defendeu "libertar Los Angeles".