'Judiciário não vai para a pauta de negociação com os EUA', afirma ministro da Agricultura
Ministro destaca que discussões com os EUA se limitarão a temas comerciais, excluindo questões do Judiciário. Brasil busca novos mercados para produtos do agronegócio, enquanto enfrenta sobretaxas impostas pelo governo americano.
Ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, afirmou que o Brasil não discutirá questões além do espectro comercial em negociações com os EUA.
Fávaro destacou que o Judiciário não será pauta de negociação, enfatizando: "O que não é possível fazer não vai para a pauta de negociação."
Recentemente, os EUA anunciaram uma sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros, insistindo em mudanças que envolvem o Supremo Tribunal Federal (STF), relacionadas à regulação das big techs.
O governo americano também suspendeu o visto de Moraes e outros magistrados do STF, ameaçando novas sanções.
Fávaro mencionou que a busca por novos mercados para o agronegócio brasileiro já está dando frutos, com destaque para a China, que aumentou suas compras de carne, passando de 40 para 90 plantas frigoríficas habilitadas.
Itinerário da taxa de importação de Trump incluiu 11 rodadas de negociação, porém a interferência americana nas questões internas do Brasil paralisou os canais de diálogo.
Ainda assim, autoridades dos dois países seguem em conversa, mas reservadamente, com o Brasil sendo pressionado a incluir questões políticas, diferente de acordos feitos por outros países.