Jeffrey Epstein: documentos revelam novos detalhes sobre como empresário recrutava meninas para tráfico sexual
Novos documentos de um processo judicial expõem o suposto esquema de recrutamento de meninas para Epstein. As revelações incluem depoimentos de um policial da Flórida e citações a personalidades como Bill Clinton e o príncipe Andrew.
Documentos judiciais ligados ao bilionário Jeffrey Epstein revelam como dezenas de meninas foram recrutadas em sua mansão à beira-mar.
Depoimentos indicam que 30 mulheres relataram ao policial da Flórida sobre "massagens e trabalho" na casa do empresário. Algumas receberam pagamento para recrutar amigas.
Os autos foram divulgados por uma juíza federal e estão vinculados ao processo contra Ghislaine Maxwell, ex-namorada de Epstein, condenada a 20 anos de prisão por tráfico sexual.
Detetive Joseph Recarey afirmou que apenas duas meninas tinham experiência em "massagens" e a maioria era menor de idade. Muitas foram convencidas a levar outras garotas.
A juíza Loretta Preska decidiu que mais de 150 nomes citados em processos judiciais poderiam ser divulgados. Entre eles estão o príncipe Andrew e o ex-presidente dos EUA, Bill Clinton.
Andrew nega acusações de abuso sexual, enquanto a documentação sugere que Clinton "pode ter informações" sobre as atividades de Epstein. Clinton confirmou viagens com Epstein, mas negou conhecimento de irregularidades.
Documentos também alegam que Clinton tentou influenciar jornalistas da Vanity Fair a não publicarem matérias sobre Epstein. A ex-jornalista Sharon Churcher e Virginia Giuffre discutem a venda de uma foto e mencionam políticos respeitados.
Outra mulher, identificada como "Jane Doe #3", alega ter sido traficada por Epstein para "fins sexuais com homens poderosos".
Maxwell, filha do magnata Robert Maxwell, aguarda apelação de sua condenação, enquanto Epstein se declarou culpado em 2008 por solicitar prostituição a um menor e morreu em 2019.