JBS (JBSS3): quais os próximos passos do frigorífico na Bolsa após a dupla listagem
Dupla listagem da JBS visa aumentar a visibilidade e o acesso a investidores internacionais. A empresa espera que a operação fortaleça sua governança e reduza custos de capital.
A JBS (JBSS3) anunciou, na sexta-feira (23), a aprovação da dupla listagem em Assembleia Geral Extraordinária, com ações primárias na NYSE e BDRs na B3. No entanto, a ação estava em queda de 4,07%, a R$ 39,08.
A conclusão da dupla listagem depende de aprovações regulatórias e, segundo o Itaú BBA, isso representa uma alavanca relevante para a geração de valor da companhia. A operação pode:
- Aumentar o acesso a investidores
- Melhorar a visibilidade no mercado internacional
- Proporcionar flexibilidade no uso de capital próprio
- Fortalecer a governança corporativa através do escrutínio da SEC
O Goldman Sachs estima que a JBS está sendo negociada a 5,4 vezes o EBITDA futuro, esperando uma conversão de demonstrações financeiras que poderia reduzir o EBITDA em 20%. A recomendação é de compra, com preço-alvo de R$ 50,50.
A Genial Investimentos ressalta que a aprovação já era esperada e sugere que o preço das ações pode aumentar, dado o cenário de compressão de margens. A recomendação é de compra, com preço-alvo de R$ 54,50, implicando uma valorização de cerca de 29%.
O Santander também manteve recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 58, apesar da possível saída dos papéis dos principais índices da B3, impactando estimados R$ 550 milhões em saídas de fundos passivos. Eles alertam, porém, que a nova taxa de IOF sobre investimentos no exterior pode afetar a conversão dos BDRs em ações Classe A e limitar a liquidez do papel.