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JBS avalia plano para leilão de megaterminal no porto de Santos em meio a queixas de armadores

A JBS Terminais busca viabilizar sua participação no leilão do Tecon 10, que deve ocorrer até 2025, desafiando a preferência da Antaq por novos entrantes no mercado. As discussões em torno das regras de concorrência levantam preocupações sobre a competitividade e a exclusão de grandes armadores da disputa.

Discussão do Tecon 10 em Santos

A concessão do Tecon 10, megaterminal no porto de Santos, estava prevista para armadores grandes, mas JBS Terminais planeja participar do leilão previsto para até fim de 2025.

A Antaq indicou preferência por um "novo entrante", e um ministro do TCU reiterou essa visão em reunião. Armadores tradicionais estão preocupados com regras restritivas que favorecem a JBS.

JBS defende sua experiência após adquirir a Seara em 2013 e investir R$ 130 milhões no porto de Itajaí. O governo está investindo R$ 844 milhões em modernização no porto.

Projeções indicam que a concessão atrairá R$ 40 bilhões em investimentos nos próximos 25 anos. O terminal será multipropósito, ocupando 622 mil m².

Empresários relatam que Joesley Batista confirmou interesse no leilão em encontro em Nova York. A Antaq propôs um leilão em duas fases, com armadores tradicionais excluídos da primeira.

  • Maersk e MSC, líderes do setor, podem ser impactadas.
  • CMA CGM pode ficar de fora por recente aquisição da Santos Brasil.

Advogados analisam a situação como uma perda de valor de outorga versus um ganho concorrencial. Larry Carvalho, especialista, destaca que a exclusão pode prejudicar a competitividade.

O governo de São Paulo enviou críticas à Antaq, que foi defendida por sua diretoria. A JBS poderá ser favorecida por critérios de movimentação de 130 mil TEUs.

Com um CEO experiente, a JBS pode fortalecer sua posição no mercado portuário, visando controle da cadeia produtiva.

Expectativas indicam que o Tecon 10 movimentará 3,5 milhões de TEUs por ano. A participação de fundos de investimento é restrita a consórcios com empresas qualificadas.

O processo pode levar à judicialização e atrasos, com o Ministério Público pedindo liminar para paralisar o leilão até posicionamento do TCU.

Ministro dos Portos afirma que deve respeitar as decisões da Antaq. A secretária-executiva do Ministério evitou comentar sobre as restrições.

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