Jato da Boeing retorna aos EUA antes se ser entregue a empresa chinesa em meio à guerra comercial
Retorno de jato da Boeing sinaliza problemas nas entregas devido à guerra tarifária entre EUA e China. Disputa crescente pode impactar futuro das operações da fabricante americana no mercado chinês.
Jato da Boeing retorna aos EUA
Um jato da Boeing, destinado à China, voltou aos Estados Unidos nesta sexta-feira (17) devido a problemas nas entregas.
A empresa enfrenta uma guerra tarifária entre Pequim e Washington, após o fim da isenção fiscal, que existia há décadas.
Segundo a Bloomberg News, a China ordenou que suas companhias aéreas parassem de receber jatos Boeing, em resposta a tarifas de 145% impostas pelos EUA sobre produtos chineses.
Embora a Boeing esperasse manter negócios regulares, a decisão de Trump, anunciada em 2 de abril, complicou a situação.
Em março, três novos aviões 737 MAX haviam sido enviados para Zhoushan, mas nesta sexta-feira, um dos jatos retornou sem ser entregue.
A viagem de 8.000 km indica que a Boeing está lidando com dificuldades na China, enquanto sua presença no país está sob scrutínio.
Profissionais da aviação não tinham conhecimento de instruções formais contra a aquisição de jatos Boeing, mas analistas acreditam que as tarifas impactariam importações sem necessidade de proibição.
Um avião decorado com a pintura da Xiamen Airlines foi repatriado, após uma companhia aérea chinesa não identificada desistir do arrendamento de uma aeronave.
Executivos mencionaram discussões sobre deixar jatos em armazenamento alfandegário, evitando formalidades de importação e tarifas, mas a alfândega chinesa não comentou.