Jaques Wagner diz que se a Câmara aprovar a anistia ‘a classe política pirou’
Senador Jaques Wagner reafirma sua rejeição à anistia dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, destacando a ameaça que isso representa para a democracia. Ele critica a pressão das redes sociais sobre os parlamentares e aponta a impopularidade do governo em relação aos preços dos alimentos como um desafio maior.
Jaques Wagner, líder do governo no Senado, se opõe firmemente ao projeto de lei que propõe anistia para os envolvidos nos eventos de 8 de janeiro de 2023. Ele afirma que essa proposta é uma ameaça à democracia.
“Comigo não tem acordo, eu sou contra o projeto da anistia em qualquer hipótese”, declarou. Wagner salientou que, se a proposta avançar no Congresso, indicaria uma desconexão da classe política com a gravidade do episódio.
Sobre a possível candidatura de Jair Bolsonaro (PL), ele afirmou que sua oposição não é motivada por estratégia eleitoral. Wagner considera Bolsonaro o nome mais frágil da oposição perante a reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Estou pouco me lixando se Bolsonaro vai ser ou não vai ser candidato”, finalizou.
Ele ainda comentou sobre o apoio de 146 deputados da base governista ao projeto, atribuindo a movimentação à pressão das redes sociais. “Isso tem a ver com isso aqui [apontando para o celular], uma gente que é escravo da rede social”, disse ele.
Wagner observou que o governo não está apresentando contrapartidas para reverter a influência das redes sociais e questionou a motivação dos deputados: se em torno do governo ou das emendas parlamentares.
Ele também mencionou a impopularidade do governo Lula, atribuindo-a, principalmente, aos preços dos alimentos. Para Wagner, isso está desconectado das ações do governo, que têm sido positivas.
Por fim, ele destacou que a PEC tem potencial para ser aprovada e entregar a resposta que a população busca sobre o tema. “O povo não nos julga pelo problema, nos julga pela nossa postura frente ao problema”, concluiu.