HOME FEEDBACK

Japão ordena que Google pare de forçar fabricantes de celulares a usarem seus aplicativos

Japão toma medida sem precedentes contra Google, acusando a empresa de abusar de sua posição de mercado. O órgão regulador busca promover maior concorrência entre fabricantes de smartphones no país.

Comissão de Comércio Justo do Japão ordena que a Alphabet, controladora do Google, cesse suposto abuso de poder de mercado sobre fabricantes locais de smartphones.

A medida é proferida às vésperas de negociações comerciais com os Estados Unidos. A comissão afirma que o Google se aproveitou de sua posição ao exigir que os fabricantes priorizassem seus aplicativos e serviços em troca da instalação da Google Play nos dispositivos vendidos no Japão.

O Google expressou decepção com a decisão, planeja revisá-la antes de tomar providências.

A decisão ocorre antes da visita do Ministro da Revitalização Econômica do Japão, Ryosei Akazawa, aos EUA para discutir tarifas impostas por Donald Trump sobre produtos japoneses.

A reclamação do Escritório do Representante de Comércio dos EUA indica que a Lei de Plataformas Digitais do Japão prejudica empresas americanas, aumentando os custos de conformidade.

Esta é a primeira vez que o Japão emite tal ordem contra uma grande empresa de tecnologia dos EUA. Em comparação, a União Europeia já puniu Google e Apple por práticas semelhantes.

Autoridades japonesas afirmam que descumprimentos podem levar a multas ou sanções. A FTC enfatiza que o objetivo é ampliar a liberdade dos fabricantes na escolha de aplicativos a pré-instalar, favorecendo concorrentes do Google.

De acordo com a FTC, o Google exigiu que fabricantes como Sony Group e Sharp pré-instalassem o navegador Chrome e o widget de busca do Google em seus dispositivos.

Essa exigência foi atendida por fabricantes, que dependem do ecossistema Google para competir com a popular Apple no Japão. O Google também ofereceu um esquema de compartilhamento de receitas para evitar a instalação de mecanismos de busca concorrentes.

A FTC garante que continuará a monitorar e agir contra violações na legislação digital.

Leia mais em o-globo