Japão diz que não planeja grandes concessões em negociações sobre tarifas dos EUA
Japão recusa concessões em negociações tarifárias com os EUA, enfatizando a necessidade de entender as motivações de Trump. O primeiro-ministro prevê impactos negativos das tarifas nas economias global e japonesa.
O primeiro-ministro do Japão, Shigeru Ishiba, afirmou que o país não fará grandes concessões nas negociações tarifárias com os EUA e não se apressará para um acordo.
O Japão, aliado dos EUA, enfrenta tarifas de 24% em suas exportações, embora estas tenham sido suspensas por 90 dias. Uma taxa de 10% e uma taxa de 25% para carros ainda permanecem.
A próxima rodada de negociações comerciais ocorrerá na quinta-feira em Washington, focando em tarifas, barreiras não tarifárias e taxas de câmbio.
Ishiba declarou ao Parlamento que não acredita em concessões para encerrar rapidamente as negociações, mas não planeja retaliar com tarifas sobre importações dos EUA. Ele destacou a importância de entender as motivações de Trump nas discussões tarifárias.
O presidente do Banco do Japão, Kazuo Ueda, alertou para a pressão negativa que as tarifas dos EUA poderão causar na economia global e japonesa.
Trump criticou o Japão por manter um iene fraco, enquanto o ministro da Economia, Ryosei Akazawa, indicou que discussões sobre taxas de câmbio ocorrerão entre os ministros de Finanças do Japão e o Tesouro dos EUA.
Katsunobu Kato, ministro das Finanças, enfatizou que a volatilidade excessiva do mercado pode impactar negativamente a economia, e qualquer debate sobre o iene poderá complicar as decisões do Banco do Japão quanto ao aumento de juros.
O Japão procura evitar que seu iene se fortaleça muito, devido ao impacto nas suas exportações, mas a depreciação do iene tem aumentado os custos de importação e reduzido gastos do consumidor.