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Japão avalia afrouxar padrões de segurança automotiva nas negociações de tarifas com EUA

Japão busca flexibilizar normas de segurança automotiva para impulsionar importações de carros americanos. A proposta surge em meio a negociações comerciais para reduzir o déficit comercial entre os dois países.

Japão considera flexibilizar regras de segurança automotiva para importações em negociações tarifárias com os Estados Unidos, segundo o “Nikkei Asia”.

O objetivo é aliviar as preocupações do presidente Donald Trump sobre a baixa importação de carros americanos no Japão.

Japão e EUA possuem padrões de segurança diferentes; Tóquio vê espaço para usar a flexibilização de regras sobre testes de colisão como moeda de troca nas conversas comerciais.

No encontro entre o Ministro da Política Econômica e Fiscal, Ryosei Akazawa, e Trump, o presidente expressou reclamações sobre as vendas de carros americanos no Japão e o díficit comercial.

Conversas ministeriais incluíram o Secretário do Tesouro, Scott Bessent, o Secretário do Comércio, Howard Lutnick, e o Representante de Comércio, Jamieson Greer, discutindo principalmente barreiras não tarifárias em automóveis e produtos agrícolas.

O Japão faz parte de um Acordo da ONU de 1958 sobre certificação e testes automotivos, enquanto os EUA têm padrões próprios e permitem que montadoras realisem seus próprios testes.

Assim, carros americanos devem passar por uma certificação de tipo japonesa, um processo demorado. O USTR citou esses diferentes padrões como barreira não tarifária em relatório de março.

Os EUA estão focados nas diferenças em testes de colisão, visto como um fardo que prejudica montadoras americanas.

Esses padrões já foram discutidos anteriormente, como nas negociações da Parceria Transpacífica, onde Japão e EUA concordaram em permitir a exclusão de alguns testes de certificação para carros americanos.

Desde a saída dos EUA do bloco comercial em 2017, as negociações ganharam nova importância.

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