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J.P. Morgan aposta em juros mais baixos no Brasil após tarifas dos EUA

J.P. Morgan aposta em juros prefixados de curto prazo no Brasil diante de incertezas econômicas globais. A análise do banco aponta que a nova política comercial dos EUA pode resultar em uma Selic mais baixa e menos pressão sobre o câmbio.

J.P. Morgan abriu posição nos juros prefixados de curto prazo do Brasil após tarifas do governo Donald Trump.

O banco prevê que a nova política de comércio exterior americano resultará em crescimento econômico global mais tímido, impactando a política monetária do Banco Central e levando a uma taxa Selic menor no curto prazo.

O relatório do time de estratégia para América Latina indica que o J.P. Morgan adicionou uma posição aposta na queda das taxas em contratos de Depósito Interfinanceiro (DI), com vencimento em janeiro de 2027, a uma taxa de 14,31%, visando 13,50%. A posição será revisada se a taxa atingir 15%.

Os estrategistas comentam: “O Banco Central permanece conservador, mas um cenário worse para o crescimento global pode facilitar juros mais baixos.”

Sobre o câmbio, o real tem baixa exposição às tarifas e pode se beneficiar de redirecionamento da demanda chinesa. Contudo, há riscos, como a queda significativa na demanda por commodities globalmente.

Atualmente, o real está depreciado contra o dólar, em meio a temores de recessão. Apesar disso, o J.P. Morgan agora opera comprado em uma cesta com o real e a coroa tcheca, apostando na alta da moeda.

Conteúdo originalmente publicado no Valor PRO, serviço de tempo real do Valor Econômico.

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