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Itamaraty diz que acompanha relatos de cobrança de impostos da Venezuela a produtos brasileiros

Venezuela impõe tarifas de até 77% sobre exportações brasileiras, frustrando acordos comerciais. O Itamaraty investiga a situação e busca normalizar o comércio entre os dois países.

Ministério das Relações Exteriores do Brasil está monitorando relatos de associações comerciais de Roraima sobre a imposição de tarifas pela Venezuela sobre produtos brasileiros.

Se confirmadas, as tarifas variarão de 15% a 77%, atingindo bens que, por um acordo de 2014, deveriam ser isentos de alíquotas de importação.

Empresários de Roraima foram informados de que a cobrança de tarifas também afeta outros países do Mercosul (Argentina, Paraguai e Uruguai).

O Itamaraty está investigando a situação com a Embaixada do Brasil em Caracas e o Ministério de Desenvolvimento, buscando normalizar o comércio bilateral, conforme o Acordo de Complementação Econômica nº 69 (ACE 69).

Em 2024, o comércio entre Brasil e Venezuela alcançou US$ 1,6 bilhão, com US$ 1,2 bilhão em exportações. Os principais produtos incluem açúcar, milho e preparações alimentícias.

Relações tensas: a imposição de tarifas ocorre após o anúncio de uma sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros pelos Estados Unidos.

Desde julho do ano passado, as relações entre o Brasil e a Venezuela deterioraram-se após o não reconhecimento das eleições de Nicolás Maduro.

A Venezuela também rompeu relações com a Argentina, e na cúpula do Brics, Maduro foi vetado pelo Brasil.

Desde 2016, a Venezuela está suspensa do Mercosul por alegações de rompimento democrático.

Em 2023, o Brasil registrou superávit de US$ 778 milhões no comércio com a Venezuela, com exportações principais em sugar, arroz e milho.

A manifestação oficial do governo brasileiro sobre as tarifas é aguardada em breve.

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