Israel volta a abrir fogo perto de centros de ajuda em Gaza; médicos falam em 31 mortos

Soldados de Israel dispararam novamente perto de locais de distribuição de ajuda na Faixa de Gaza, resultando na morte de 31 pessoas, segundo médicos locais.

Dos mortos, 25 foram atingidos por disparos israelenses enquanto se aproximavam de um ponto de ajuda próximo a Netzarim. O Exército israelense afirmou que os tiros foram de advertência contra pessoas que representavam uma ameaça.

Mais tarde, o hospital Nasser em Khan Yunis reportou a morte de seis pessoas em Rafah. No total, o ministério da saúde de Gaza registrou 163 mortes e mais de mil feridos em tentativas de alcançar pontos de ajuda da FHG (Fundação Humanitária de Gaza), que opera após um bloqueio de 78 dias.

A ONU condenou as mortes e alertou que a população de Gaza está à beira da fome, com 100% em risco de insegurança alimentar e 470 mil em níveis catastróficos.

A FHG considera essencial que os palestinos sigam as instruções para garantir segurança em rotas de passagem, e afirmou que a solução é aumentar a ajuda. No entanto, a ONU e outros grupos de ajuda se recusaram a colaborar com a FHG devido a alegações de violação dos padrões humanitários.

Outra dez pessoas morreram em um ataque aéreo israelense em Khan Yunis. Na terça-feira, a fuzilaria deixou 17 mortos em outro ponto de ajuda em Rafah.

O primeiro-ministro Netanyahu anunciou "progresso significativo" na busca por reféns em Gaza, mas ressaltou que é "cedo demais" para elevar as esperanças de acordos.

As tentativas de cessar-fogo pelos EUA, Egito e Qatar não avançaram, com ambos os lados culpando-se mutuamente.

A guerra, iniciada em 7 de outubro de 2023, resultou na morte de 1.200 israelenses e na captura de 251 reféns pelo Hamas. A campanha militar israelense já tirou quase 55 mil vidas palestinas, segundo autoridades locais.