Israel volta a abrir fogo perto de centro de ajuda em Gaza; médicos falam em 17 mortes
Confrontos na distribuição de ajuda humanitária em Gaza resultam em novas mortes e feridos. Israel justifica os disparos como resposta a uma ameaça, enquanto a GHF e a ONU criticam a situação caótica e insuficiente da assistência.
Violência em Gaza: Ao menos 17 palestinos morreram e dezenas ficaram feridos após soldados israelenses abrirem fogo perto de um ponto de distribuição de ajuda, gerido pela Fundação Humanitária de Gaza (GHF).
O incidente ocorreu quando milhares de deslocados se aproximavam do local. Os feridos foram levados para os hospitais Al-Awda e Al-Quds, com números imprecisos.
A GHF informou que a distribuição de alimentos ocorreu sem incidentes, enquanto Israel alegou que os disparos foram feitos como tiros de advertência contra "suspeitos". Israel contestou os números de feridos apresentados pelas autoridades palestinas.
Segundo testemunhas, muitos deslocados caminham até 20 km por comida, mas voltam sem nada. Mohammed Abu Amr, de 40 anos, lamentou a escassez de alimentos.
Philippe Lazzarini, da UNRWA, criticou o sistema de distribuição atual como humilhante. O debate sobre a liderança da entrega de ajuda se intensifica em meio à crescente crise humanitária.
Desde o início da guerra em 7 de outubro, mais de 54 mil pessoas morreram em Gaza, e 2,1 milhões estão em risco de insegurança alimentar.
Em novo episódio de violência, um ataque aéreo israelense matou oito pessoas em Deir al-Balah, elevando o total de mortos em 24 horas para pelo menos 25.
Além disso, 40 caminhões com farinha foram saqueados por deslocados famintos, enquanto a ONU descreve a ajuda liberada como uma "gota no oceano".